terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sala de aula: Uma aprendizagem do humano

Professora: Rosangela P. da Cruz

Acadêmica: Sidiana Trevisan


No texto, Sala de aula: Uma aprendizagem do humano o autor, aborda
aspectos considerados importantes para o processo de aprendizagem. Caracterizado pelo
momento em que ocorre o confronto de idéias entre alunos x professores, entre aluno x aluno, na busca do aprimoramento de técnicas para maior racionalização da transmissão dos conteúdos. É de fato importantíssimo no processo de ensino-aprendizagem abordar os conteúdos a partir de várias visões para então juntos chegar a um entendimento.
Novaski afirma que etimologicamente educar significa “levar de um lugar para outro”. A partir do momento em que nos relacionamos com outras pessoas, somos transportados de um nível de conhecimento para outro, a todo o momento estamos recebendo novas informações que podem tornar-se aprendizagens significativas, sempre temos um ponto de partida queda com conhecimentos superficiais, no entanto cabe a cada pessoa buscar meios para aperfeiçoar-se.
As relações que estabelecemos com o outro são importantes, a partir do momento em que o interlocutor me leva para sua perspectiva, eu o trago a minha, e assim o conteúdo da nossa conversa vai se acumulando de informações enriquecedoras.
A aprendizagem não acaba nunca, ninguém é tão sábio que não tenha nada para aprender, e ninguém é tão vazio que não tenha nada para ensinar.
O autor enfatiza a fala de” um bom filosofo dizia: A verdadeira arte consiste em cada um tornar-se suportável e, se possível agradável a si mesmo; e também suportável e, se possível agradável aos outros”(p.12).Nossas relações inter pessoais contribuem para a nossa aprendizagem, é importante procurarmos estabelecermos relações harmoniosas para com os outros, assim o retorno se dara de uma maneira positiva.
Aprender é ir se interando da aprendizagem mais profunda e que realmente interessa na vida: conhecer o humano, o mundo humano. Quando falamos em sala de aula é necessário que o professor procure conhecer e diagnosticar cada aluno para ter clareza do que os alunos querem aprender por que gostam, mas não pode se esquecer também do que são necessários e fundamentais que eles aprendam procurando sempre estabelecer uma relação entre os conhecimentos que o aluno tem com os conhecimentos científicos que o professor irá trabalhar.
Novaski cita Rubens Alves, quando afirma que saber, precisa ter sabor (p.13). Atualmente percebe-se que a educação cada vez mais é um processo técnico, o ensino esta deixando de ser humano, onde a minoria dos profissionais da educação se preocupa em o prazer em seus educandos, a maioria preocupa-se apenas em repassar os conteúdos sem dar uma significação para os mesmos. Se esperarmos uma transformação da sociedade devemos estar consciente que a educação é um meio para que esta ocorra.
Ao longo dos conteúdos quaisquer que sejam, devem ser cuidadosamente planejados e transmitidos, sem esquecer da importância do professor saber para quem vai planejar, ou seja, conhecer seus alunos, para planejar de acordo com o nível dos mesmos.Os títulos acadêmicos que o professor adquiriu só tem sentido na medida em que entre outras finalidades, lhe proporcionam encontros com pessoas, encontros que, através dos conteúdos arduamente adquiridos na pesquisa, resultem num bem-querer que é o sabor do saber.
Educar é estar com o outro. Lamentavelmente percebe-se quão contraproducente é a escola, que por diferentes mecanismos, afasta as pessoas das pessoas, isto é, esta conseguindo objetivos opostos aqueles segundo os quais deveria ser erigida trazendo para o cotidiano, fora da escola seqüelas de difícil absorção.
É necessário que o professor esteja atento aos apelos que na maioria das vezes não são verbais, o professor deve ter claro que não é apenas através da fala que eles manifestam suas necessidades existem linguagens “ocultas” que os professores precisam decifrar a fim de ajudar a seus alunos se desenvolver melhor.Sem descurar dos conteúdos, é possível que uma sala de aula seja a oportunidade impar de se ultrapassar os conteúdos,e ajudar a formar pessoas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Salas de aula

Salas de aula

O texto “Salas de aulas” apresenta uma narração de todo o processo educativo de um aluno que inicia sua formação em um colégio de freiras em meio à ditadura militar. O autor relata alguns acontecimentos que influenciaram diretamente na sua formação. Relata latentemente sobre o funcionamento da instituição, as relações de subordinação e autoritarismo mantida naquela época bem como as influências que exerciam sobre os alunos.
Por causa das relações que eram mantidas na instituição e da maneira como os professores trabalhavam, a sala de aula, se tornava um dos piores lugares. No entanto somente na universidade descobriu que podiam falar, opinar, discutir, debater e criticar sem ser podado, sendo capaz de produzir o seu próprio conhecimento e não apenas reproduzir o que já está constituído.
No final da formação universitária, muitos alunos saem pela última vez da sala de aula satisfeitas. Outros, no entanto continuam com especializações, mestrado, uma segunda faculdade continuando a permear o ambiente da sala de aula.
Na letra da música de Pink Floid que o texto apresenta fica evidente a censura a práticas docentes tradicionais. A final qual é papel da educação na formação dos educandos? Como deve ser pensada a prática em sala de aula? Que tipo de alunos queremos formar?

MORAIS, Regis de. (Org). Sala de aula: que espaço é esse? Campinas - São Paulo: Papirus, 1996.

sábado, 24 de outubro de 2009

A SALA DE AULA: INTERVENÇÃO NO REAL

O presente texto trata-se de um artigo escrito por José Luís Sanfelice, que descreve a sala de aula, alertando para aspectos histórico-políticos, perspectivas científico-pedagógicas que tornam este tema complexo.

A expressão sala de aula pode ter um sentido amplo e não tradicional. Pois o lar pode ser para muitas pessoas a primeira sala de aula, é um local onde muito se ensina e muito se aprende através de uma infinita multiplicidade de maneiras. Sala de aula não é necessariamente um espaço físico na escola, mas também locais como igreja e exército, pois ambos tem por finalidade de ensinar idéias, valores, comportamentos, práticas religiosas ou profissões.

No sentido figurado, a expressão sala de aula engloba a possibilidade de se colocar toda a existência de todos os homens como atividade de uma grande sala de aula, caracterizando como uma constante aprendizagem desenvolvido por cada homem. Neste sentido podemos dizer que a vida é a melhor sala de aula, pois a melhor escola, é a escola da vida.

A aprendizagem, ensino e/ou educação se fazem presentes no dia-a-dia em qualquer hora e em qualquer lugar. Entretanto, a sala de aula, não é aquele espaço físico dinamizado prioritariamente pela relação pedagógica.

Segundo o autor, em decorrência de determinações histórico-sociais, as sociedades produziram a instituição escolar, organizada com suas pequenas células – A Sala de Aula -, para que ali se satisfizessem necessidades interesses, objetivos sentidos pelos homens, ou por parte deles. Através de tal maneira que se garantiu o ensino-aprendizagem, a educação em um universo cultural cada vez mais complexo e próprio de cada sociedade.

Sabendo dos interesses e características da sociedade capitalista atual, as instituições escolares passam por uma expansão bastante acentuada. Sendo que esta expansão, variada de uma sociedade capitalista para a outra, tem significado a presença de um número cada vez maior de pessoas e por mais tempo, na relação pedagógica formal de sala de aula. Hoje nota-se na realidade da educação brasileira, um substancial crescimento dos segmentos populares formando a clientela do ensino de primeiro grau rede pública, ou seja o modo de produção capitalista influenciando com a divisão social do trabalho, a sala de aula tem se constituído no local especializado e hegemônico para a realização do ato pedagógico formal.

Segundo Morais, “para que se tenha acesso à cultura formal, codificada, aos conhecimentos de conteúdos específicos necessários direta ou indiretamente às atividades profissionais, é ainda o caminho pedagógico iniciado, de modo gradativo, desenvolvido nos bancos das salas de aula”. Então, a sala de aula exerce um papel fundamental na nossa sociedade, pois qualquer iniciativa educacional coerente e que pretenda ser eficaz na democratização do saber e da cultura, não pode simplesmente ignorá-la.

Por que, nas salas de aula, não se ensinou sempre os mesmos conteúdos? Por que não se utilizou sempre os mesmos métodos de ensino? Por que os conceitos de ensino e aprendizagem sofreram várias alterações através dos tempos? Por que os conceitos de professor ou aluno, também foram se transformando? Por que diferentes ideologias se fizeram portadoras de propostas pedagógicas para a sala de aula?

A sala de aula onde cada educador atua, não está isenta das relações contraditórias que mantém, através de múltiplas intermediações, como o todo social. A educação possui um caráter mediado, a mesma se situa na relação entre as classes como momento de mascaramento/desmascaramento da mesma relação existente entre as classes. A sala de aula tem sido o principal espaço da educação formal das sociedades capitalistas. É neste sentido que a educação é mediação pelo mascaramento das reais relações sociais de exploração e dominação, podendo a sala de aula constituir-se, em decorrência do pedagógico, ali concretizado, num dos palcos privilegiados desta atividade.

Segundo o autor, a sala de aula, aquele espaço prioritário do trabalho docente, não é um casulo hermético desvinculado do todo social e das suas contradições. A sala de aula é um desafio cotidiano porque ao mascaramento desejado, viso construir o desmascaramento possível. Todo docente querendo ou não é um agente social, que deve construir o pedagógico concreto da sala de aula onde atua, sendo este social, por meio da mediação da formação e da atuação de outros agentes sociais.


MORAIS, Régis de (org.) SALA DE AULA: que espaço é esse? Campinas. SP. ed.10


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O espaço de aula um lugar criativo

No capítulo VIII e IX do livro " Aulas vivas", o autor Masetto discute sobre dois aspectos fundamentais: a concepção de sala de aula e o relacionamento e a aprendizagem de alunos adultos.
Ao longo da obra aborda sobre como a sala de aula pode ser um espaço aconchegante, estimulante, prazerosa, com resultados positivos e satisfatórios para a prática docente.
Aliás para a sala de aula ser um ambiente acolhedor é necessário a CON-VIVÊNCIA, ou seja, um espaço que permite que os alunos e o professor cresçam juntos, que troquem informações, debatam sobre os conteúdos da atualidade, que construam um vínculo afetivo e que aprendam desde cedo a fazer ciência.
Portanto, para que isso aconteça é importante estimular os alunos a serem independentes, terem autonomia, demonstrar que acreditam e confiam neles, atribuindo responsabilidades, exigindo iniciativa e valorizando suas realizações.
Além disso, lembro dos professores que permitam o diálogo, que ostentaram a pesquisa, a amizade, a cooperação, o qual estão relacionados à convivência humana. É nesses educadores que devemos nos espelhar.
Finaliza, o oitavo capítulo chamando atenção para a metodologia e as estratégias utilizadas em sala de aula.
Já no capítulo IX, a partir das intensas pesquisas identifica as condições facilitadoras para a existência de comportamentos, de responsabilidades pelo processo de aprendizagem, da participação e de questionamentos.
Para entendermos sobre as características ou condições de aprendizagem, é interessante lermos esse capítulo pois identificará as duas características que distinguem a aprendizagem do adulto, as seis condições para que ocorra a aprendizagem que os autores como Brundage e Mackeracher nos relatam a respeito de como ocorre a aprendizagem dos adultos.
A partir dessa pesquisa fica a seguinte pergunta: "Quais os princípios de aprendizagem próprios de um adulto que poderiam ser encontrados subjacentes a essas condições?"
Para entender melhor sobre esses princípios vale a pena ler, pois é uma linguagem bem acessível que você irá adorar e aplicará na sua prática docente.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A TURMA DE TRÁS




Ao ler o artigo “A Turma de Trás”, identifiquei-me com as histórias contadas pelo autor, sobre sua vida acadêmica, afinal de contas quem já não fez parte da turma do “fundão”?. Seja para fazer bagunça e “avacalhar” a aula, como muitos fazem, seja somente pelo fato de não se sentir bem em estar na frente da turma, nos lugares onde se exige uma maior concentração dos alunos.

Contando um pouco de sua história o autor nos faz pensar, sobre a maneira como vemos a organização de nossas salas de aula. Como nos diz Brandão (in MORAIS, p.105, 1996) “na cabeça de quase todo mundo a sala de aula admite espacialmente uma única oposição: a mesa do professor versus o lugar coletivo dos alunos”. O que percebemos hoje é que esta disposição vem sendo posta a baixo por inúmeras inovações arquitetônicas, e pedagógicas. Ou será que estou errada??!!!!

Com uma linguagem bastante acessível, e muitas vezes engraçada, Brandão traz a tona todas as coisas que fez durante a vida acadêmica, dizendo que os “bons alunos” ou aqueles que sentam na frente da mesa do professor, não tem muita coisa boa para contar de sua vida de estudante, afinal de contas é na turma de trás que toda diversão acontece. Mas o que podemos pensar e refletir, é algo que acredito ser muito importante, será que a turma de trás apenas se diverte ou também aprende e produz discussões interessantes?!

Lendo este artigo, começo a lembrar de meu tempo de escola, onde também fiz parte da turma de trás, estava lá não pelo fato de poder fazer bagunça, mas encontrava no fundo da sala um refugio, onde o professor não estava tão presente, e assim não questionava. Pelo fato de ser muito tímida naquela época não gostava muito de perguntar e nem de participar, quando tinha alguma duvida guardava para mim, até o momento em que estivesse somente eu e o professor. Por esse motivo acho muito interessante que nos reportemos a turma de trás com um outro olhar, tentando entender realmente por que aqueles alunos gostam mais do fundo da sala.

Neste sentido devemos encarar a turma de trás de acordo com as palavras do autor não como os transgressores, mas devemos aprender com a sabedoria desses transgressores, os princípios e as estratégias de relacionamento entre as pessoas, e o principal como tornar o domínio da norma escolar pelo menos suportável.



MORAIS, Régis de (org). SALA DE AULA:que espaço é esse? Campinas. SP. Ed. 10.
 
Por: Cristina